quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sobre Música


Eu não sou uma das pessoas desesperadas por música. Já fui, mas hoje não sou mais e vou explicar o porque.

Eu sempre fui (e sou, mesmo contra a minha vontade) uma pessoa muito emotiva.

Então teve a trilha sonora pra cada paixão que eu tive desde novinha (porque eu sou uma pessoa apaixonada e preciso estar assim, quando não estou as coisas perdem um pouco o sentido - to me tratando porque sei que paixão não dura pra sempre).

A primeira paixão arrebatadora que eu tive foi por um colega de escola. E nessa época o que mais se escutava era pagode (só pra contrariar, raça negra, etc). Nessa época pagode não me parecia ser tão insuportável como me parece nos dias atuais. Eu não sei porque sismei com esse garoto, só sei que essa paixonite aguda me seguiu (ou eu persegui o coitado) por uns 3 anos.
"Então volta e fala pra mim que é mentira, que não vai me deixar..." (Raça Negra)

Depois disso teve a paixão pelo professor do colégio. Tanto que fiz que namorei ele por 4 anos. Já nessa época o que tava em alta na minha cabeça era Sandy & Jr (é, eu era fã e ainda sou. Não do Jr. porque acho ele meio babaca mas eu curto a Sandy, e dai?) e algumas músicas vendidas nas novelas (não me lembro de nenhuma específica agora).
"Esse turu turu turu aqui dento, e faz turu turu quando você passa..." (Sandy & Jr.)

(Tá tudo bem, eu espero passar essa crise de risos que você está tendo. Se eu estivesse no seu lugar eu estaria fazendo a mesma coisa. Eu mereço isso mesmo)

Então veio a faculdade e junto com ela a coisa mais louca que eu vivi. O cara malucão que só usava preto e tinha cabelos commpridos. E bêbado! Como bebia aquela criatura. Bom, ele era extremamente inteligente (porque homem pode ser feio, mal educado, grosso, chato e até mesmo bêbado, mas burro jamais). E eu enlouqueci de amor por esse ser e assim me mantive por longos anos (uns 3 namorando e mais uns 4 tentando esquecer). Em 2008 foi a última vez que eu o vi e depois daquilo eu acho que encerrei o "causo". Mas foi a coisa mais intensa e louca que alguém podia viver. E nessa época eu descobri Ana Carolina. Tinha também Maria (Maravilhosa) Monte, como ele gostava de chamar, mas Ana Carolina foi o que embalou essa história.
"Eu e você não é assim tão complicado, não é difícil perceber..." (mas era complicado SIM!)

Depois veio o cara casado. É eu tive um affair com um cara que tinha idade pra ser meu pai e era casado com uma nega louca que me perseguia. Ele se separou, ficou comigo um ano e depois eu me fui. Agora a trilha sonora com esse cara eu já não me lembro mais (além dos gritos da ex-mulher louca que nos embalava nos sábados a noite, domingos a tarde, nas madrugadas... nunca entendi como uma mulher se prestava àquela situação. Meu amor próprio nunca me deixou entender aquilo).

Mas como eu não mereço só me f#der nessa vida (apesar de eu insistir nisso as vezes) eu conheci uma pessoa legal. Não me enchia o saco, não me cobrava, não me sufocava. A gente não tinha uma trilha sonora, a gente tinha um filme.

E pra fechar teve o Carinha. Aquele que já foi embora vai fazer um mês? Isso! Ele mesmo. Ainda ele? É, ainda ele. Ele me deu um cd de natal, o qual eu escuto e lembro dele, principalmente a parte que fala da camisa no cabide (tá, eu vou explicar: É que todas as vezes que a gente ficou junto eu peguei a camiseta dele pra vestir. Isso, igual a mulherada faz nos filmes. E ele falava que eu tava era fazendo mandinga pra ele. Antes fosse, talvez ele não tivesse ido embora).
"vou arrancar sua blusa e por no meu cabide só pra pendurar..."

Pois é, teve uma época que eu escutava música. E lembrava dos "amores perdidos" e chorava. Feito uma tonta eu chorava. Quando era adolescente eu chorava porque achava bonito chorar por amor. Depois quando já estava na faculdade chorava por desespero mesmo. Porque parecia que eu ia morrer se não tivesse comigo o doido que andava de preto. Agora na fase adulta eu resolvi não chorar mais.

Escutar músicas que fizeram parte da minha vida me fazem querer voltar ao passado e isso me dá um nó na garganta e a impressão que minha vida hoje é uma droga. Então não escuto mais.

Agora você está ai pensando: "Também, com essa trilha sonora até eu parava de escutar música". É isso ai! Da próxima vez eu falo das personagens...

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